Desconforto Estético com ‘Orelhas de Abano’ Pode Ser Corrigido a Partir dos Seis Anos de Idade
Bullying e piadas maldosas são constantes na infância e adolescência, principalmente para crianças com orelhas de abano — termo popular para os casos de orelhas muito afastadas do crânio. “Isso gera traumas importantes em muitas crianças, com reflexos inimagináveis nas vidas de muitas pessoas. O procedimento ideal para correção é a otoplastia, cirurgia reparadora de orelhas”, explica a cirurgiã plástica Dra Beatriz Lassance, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery).
Segundo a médica, a cirurgia já pode ser realizada a partir dos seis anos de idade, quando o crescimento do pavilhão auditivo é completo. “De uma forma geral, a otoplastia pode ser feita a partir de anestesia geral, local e sedação. É feita uma incisão atrás da orelha, acompanhando a dobra natural da pele. Após a retirada do excesso de pele, a moldagem da cartilagem é feita, o que a deixa mais flexível”, explica. Os pontos de fixação são feitos logo em seguida, para sustentar a nova anatomia da orelha e ‘fechar a pele’.
A cirurgiã plástica destaca que a cirurgia dura cerca de uma hora e é de risco muito baixo. “O objetivo é sempre deixar uma orelha com aparência natural e harmoniosa. A cicatriz é quase imperceptível. A alta do paciente se dá no mesmo dia.”
Quanto aos cuidados pós-cirúrgicos, é necessário usar uma faixa protetora – parecida com aquela usada pelos tenistas – durante um ou dois meses. “O inchaço é comum, mas diminui até o fim das primeiras três semanas. Caso o paciente sinta dor nos primeiros dias, ela se torna suportável com analgésicos. Esse incômodo é comparável a uma extração de dente”, compara.
Por fim, a médica enfatiza que os primeiros dias após a cirurgia requerem cuidados redobrados com exposição ao sol e evitando traumatismos no local, além de sempre fazer o acompanhamento médico após a cirurgia. “Tanto para crianças como adultos operados, o grau de satisfação é muito alto, o que impacta positivamente na vida social do paciente”, finaliza.
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