25 de julho de 2016
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Dores Incessantes Pelo Corpo… Você Sabe O Que É Fibromialgia?

A fibromialgia é uma síndrome crônica que provoca dor pelo corpo inteiro do indivíduo. Ela acomete uma parcela pequena da população, entre 2% a 5%, sendo mais propensa ao sexo feminino do que ao masculino. Por ser uma patologia complexa, há um gasto grande por parte de remédios relaxantes e a prática de exercícios supervisionada. Geralmente as pessoas atingidas costumam se concentrar na faixa etária entre 30 e 60 anos.

Fibromialgia tem como particularidade, músculos endurecidos, aptidão física baixa e fadiga. Ela é uma das causas mais prevalecentes em consultas relacionadas ao sistema muscular e uma moléstia reumatológica grave ficando atrás da osteoartrite.

O quadro dessa síndrome caracteriza-se por ocorrência de dor em ambos os lados do corpo nos membros superiores e membros inferiores por um período de tempo maior que 3 meses e muita sensibilidade à dor nos pontos do corpo são indicadores. Essa síndrome está relacionada com os chamados Tender Points. Os Tender Points são pontos do corpo humano sensíveis à dor quando apalpados. Ele é um forte indicador dessa patologia, onde há dor em 11 dos 18 pontos no corpo. Esses pontos sensíveis são encontrados em sua grande maioria nos músculos dos membros superiores, da cintura para cima.

A pessoa fibromiálgica possui dor em 11 dos 18 pontos situados de forma bilateral no corpo.

A síndrome acaba tendo um efeito negativo, já que atrapalha a pessoa no campo profissional onde há queda no aspecto cognitivo e no social também, com a família e amigos. Ela também causa uma reduzida capacidade física no cotidiano dos indivíduos, levando-os a terem dificuldades em movimentos básicos como: levantar de uma cadeira, caminhar, deslocamento pelo espaço comprometido entre outros.

Além dos pontos dolorosos existem outros fatores que ajudam a compreender melhor a fibromialgia. O sono das pessoas portadoras é bastante afetado. Muitas das pessoas relatam ter o sono fracionado, acabam por acordar durante a noite e até mesmo ter sono em excesso durante o dia.

Como intervenção, existem duas opções de tratamento para diminuição da síndrome: o farmacológico e o não farmacológico.

O tratamento farmacológico corresponde a utilização de medicamentos relaxantes musculares e antidepressivos, ou seja, ele afeta não somente a parte física como também o psicológico em conjunto. Já o tratamento não farmacológico diz respeito aos exercícios resistido e aeróbio que acabam por favorecer mudanças nos aspectos fisiológicos, bioquímicos e psicológicos. Além dos exercícios, também há citações de medicina alternativa (acupuntura) e bons hábitos na hora de se alimentar como possíveis ganhos no tratamento – portanto deve haver uma reeducação geral dos hábitos diários para êxito no processo. A grande meta do procedimento é a de regular as manifestações da síndrome, já que ela, por ser uma dor permanente, acaba mudando para pior o modo de viver das pessoas.

Geralmente as pessoas com fibromialgia são sedentárias, ou seja, dificilmente realizam algum tipo de atividade física. Com o sedentarismo, além da dor referida, elas acabam por ter músculos bem mais fracos e consequentemente possuem menos força. Com menor força muscular para executar simples atividades do cotidiano elas podem se machucar e até sofrer quedas. Além da pouca capacidade de gerar tensão muscular, os portadores possuem reduzida mobilidade dos membros do corpo resultando em dificuldade para efetuar atos corriqueiros do dia a dia. Isso é uma realidade em indivíduos com essa síndrome.

Algumas publicações ressaltam que existem dois princípios para a inatividade física. Um deles é a própria existência da dor, e o outro seria privar-se de uma possível piora dos mecanismos presentes na patologia. Muitos deles, justamente por sentirem bastante dor por todo o corpo, acabam tendo esse comportamento ruim quanto às contrações musculares que os exercícios proporcionam. Essa reduzida adesão a um programa de fortalecimento está relacionado a um elevado grau do hormônio cortisol que ajuda a reduzir inflamações, e também um grau diminuído do hormônio de crescimento.

Com essas alterações, a fibra do músculo seria quebrada de forma mais rápida através do cortisol, e existiria uma resistência em recompor o micro trauma originado pelo exercício, mediante a queda do hormônio de crescimento. Esses indivíduos necessitam de um treinamento para o corpo, já que ao desenvolverem força acabam por evitar algumas doenças tais como sarcopenia, osteoporose, obesidade entre outras.

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Sobre BRUNO GERIN

BRUNO GERIN

Formado em Educação Física pela FMU, pós-graduado em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Oferece Treinamento de Força para adultos e atua como Personal Trainer em academias e condomínios.

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